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17 de abril de 2019

Mais do que apenas tristeza...

Oi, pessoas...

Essa parte do blog provavelmente não vai fazer muito sentido para muito gente, o que escreverei aqui muitas vezes não fara sentido para mim mesma, mas é uma forma de expor sentimentos, de tirar um pouco da carga pesada dos meus pensamentos e sei que em algum lugar, nem que seja apenas uma pessoa entre os milhões que habitam a terra, há um serzinho que vai ler e se identificar, usar as minhas palavras para si mesmo, como a sua voz, e aprender com elas, ter esperança, entender a si mesmo ou alguém próximo. Por isso, mesmo sem muito sentido, esta parte vai ser bem cheia, pois faz parte de quem eu fui, de quem eu ainda sou na maioria dos dias. 




Dizem que a depressão é a doença do século e acho que não havia me dado conta do quanto essa frase é impactante para o nosso mundo, para o ser humano. 

Aprendi em uma entrevista que vi do Mario Sério Cortella que falar sobre e falar de não é mesma coisa. Foi então que percebi que antes eu poderia falar sobre depressão, mas não de depressão. Até o dia em que me vi com depressão. 

É uma palavra estranha de se dizer, de se sentir, de aceitar e mais do que tudo de conviver. 
Se procurarmos a palavras depressão no dicionário acharemos o seguinte significado: 


  1. 1.
    ato ou efeito de deprimir(-se).
  2. 2.
    cova ou cavidade de pequena profundidade.

    "d. no terreno, na parede"


Palavras simples para descrever algo com uma extensão e poder tão absurdos que nos deixa sem palavras para descrever, seja oral ou verbalmente. 

Antes eu sabia que estar depressivo era algo perigoso, que te deixava muito triste e sem vontade de viver. Entretanto, quando me vi passando por um quadro depressivo que começou por meados de novembro de 2018 e se estende até agora, abril de 2019, aprendi que é muito mais. 

Estar depressivo é enxergar cinza em um mundo colorido, é viver de pesadelos ao invés de sonhos, é sentir demais enquanto não se sente nada. É ver sem realmente enxergar, é estar no meio de uma multidão e se sentir sozinho, é transbordar mesmo estando completamente vazio. É sobreviver sem viver. Não é apenas uma tristeza muito grande e que não passa, é estar perdido no escuro, sem nem uma estrela para clarear. É viver no barulho que o silêncio causa. É não saber explicar as lágrimas que encharcam a sua face.

E quantos oceanos eu encho com as minhas lágrimas, quanto eu seco dentro de mim a cada vez que elas descem sem motivo e se tornam incontroláveis. Quantas vezes eu me olho no espelho, os olhos pequenos, o nariz e as bochechas vermelhos e o vazio refletido, me encarando de volta. 

É como estar preso em uma sala sem iluminação, sem janelas ou portas, sem nada no seu exterior e olhar à sua volta te faz enxergar que não há uma saída, não há uma luz, não há uma vida. Não há voz além dos pensamentos que berram coisas feias, que te fazem querer por tudo para fora, acabar com tudo, mesmo que isso acabe também com você. 

Estar passando por um quadro de depressão é viver em uma casca vazia, é acordar e não ver sentido para continuar, é preferir o mundo dos pesadelos inventados pela nossa cabeça durante o sono a ter que enfrentar os criados em uma vida real. É querer fugir e ficar, é querer respirar e não conseguir. É ouvir aquela música que te fez sorrir milhões de vezes e não sentir nada. É comer e não sentir gosto. É sorrir com a boca sem atingir os olhos. É esquecer o que como é ser feliz. É se perder em um caminho reto. É ter a sensação que não pertence a nada. 

São tantas, mais tantas coisas que, como eu já disse, são indescritíveis, mas irei tentar a cada post explicar um pouco mais. 

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