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15 de março de 2019

AINDA BEM QUE ENCONTREI VOCÊ - NATHALIA MADEIRA

Resenha do livro Ainda bem que encontrei você da autora Nathy Madeira

AINDA BEM QUE ENCONTREI VOCÊ - NATHY MADEIRA

ROMANCE | INDEPENDENTE | 2015






Marcelly Andrade tinha a vida que sempre sonhou. Após se formar na faculdade, conquistar seu amor de infância e virar sócia de um negócio em ascensão, pensou que seria feliz para sempre, no entanto uma curva traiçoeira mudou radicalmente seu percurso e um triste acidente levou seu porto seguro.
Após perder seu namorado se viu sozinha, perdida de si mesma e um diagnóstico torna seu sonho de ser mãe impossível. Acreditando não ser mais capaz de ser feliz se dedica apenas ao trabalho, porém, duas meninas perdidas no parque podem trazer consigo um novo destino para Marcelly.
De forma inesperada ela descobrirá que na vida podemos encontrar varias formas de amar e um romance avassalador a espera. Venha desvendar essa história de superação e amor.





A história é narrada em primeira pessoa, a maioria dos capítulos contados pelo ponto de vista da personagem principal Marcely e alguns pelo personagem Roberto. Tenho o livro físico e confesso que a diagramação me incomodou um pouco, prefiro as mais simples, mas nada diminua o quanto eu amo esse livro. 

Marcely sempre foi apaixonada por Felipe, ele foi seu primeiro e único amor. Ela lutou por ele e finalmente Felipe venceu todos os seus medos e se entregou de cabeça nesse lindo amor. Eles foram muito felizes, realizaram seus sonhos juntos e traçaram uma vida toda pela frente. Mas o destino, penso eu, às vezes pode ser um filha da mãe. 

“Eu estava quase dormindo quando uma luz forte e uma buzina ensurdecedora me despertam com um susto, as últimas coisas de que me lembro foi de abarcar mais o Lipe e dizer eu te amo, ele retribuiu o abraço disse: 
- Calma, eu também te amo vai dar tudo certo.” 

Em uma viagem, Marcely e Lipe sofrem um trágico acidente, onde infelizmente Felipe não sobrevive - chorei litros, mesmo já sabendo o que ia acontecer e fiquei com medo da autora não fazer jus a morte do Lipe. Marcely acorda 20 dias depois em um hospital, com a notícia de que perdeu seu grande amor e para piorar tudo devido a uma infecção ela precisou retirar todos - TODOS - os seus órgãos reprodutores (útero, ovários, trompas), destruindo por completo o seu sonho de ser mãe. Nesse momento ela teve certeza que sua vida estava acabada e que a felicidade nunca mais bateria a sua porta. 
Ledo engano. 

Gente, eu chorei horrores nessa parte. Pensei: Poxa, que autora mais malvada. A criatura perde o marido que ama, está toda arrebentada e ainda não pode mais ter filho? Maldade pura!



Depois de quase quatro anos onde sua vida foi como uma montanha-russa de emoções, Marcely pode se dizer que é quase a mesma mulher de antes do acidente. Ainda dói, muito, mas ela aprendeu a se equilibrar e viver a vida de uma forma que possa ser minimamente feliz. O que ela não esperava era encontrar o amor e a felicidade novamente, muito menos que esse amor viria com a chance de realizar seu maior sonho: ser mãe. 

Os seus sábados eram reservados para sua afilhada Madu e aquele não seria diferente, pensou ela, e tudo seria se não fosse aquele encontro que mudaria sua vida. Elas estavam tranquilas quando aquele choro de bebê chamou sua atenção e mudou completamente o rumo da história.

“... comecei a escutar um choro, que foi aumentado de volume consideravelmente, tinha um bebe furioso por perto, ouvi por uns dois minutos e meu coração já estava apertado, saí para ver se podia ajudar, pensando ser alguma mãe de primeira viagem. Quando cheguei á calçada avistei um carrinho de bebe do outro lado da rua, e uma garotinha em pé bem ao lado..." 

O choro que Marcelly ouviu vinha de uma bebê que estava sozinha no parque, junto com sua irmã mais velha, elas estavam assustadas e Marcelly se apaixonou por Isabel e Vitória no primeiro olhar. As suas explicaram que estavam com o pai, mas que de repente ele sumiu e ambas se viram sozinhas. Um bebê e uma menina pequena. 

Como um pai pode esquecer suas filhas em um parque? Esta pergunta que  me fiz várias vezes e fiquei já achando que ele não servia para ser o mocinho. Jamais. Queria já erguer a #RessucitaLipe.

Marcelly as levou para a lanchonete que estava com Madu e depois de alimentá-las seguiram para a delegacia, passaram quase a noite toda lá e ninguém apareceu para saber sobre aqueles dois anjinhos.


E meu ódio por esse pai só aumentava a cada página. 


O tio de Marcelly, que é policial, pediu que ela levasse as meninas e as trouxesse de volta no dia seguinte, na esperança de que alguém viesse atrás delas e não precisassem passar a noite em um abrigo. As coitadinhas já estavam assustadas demais para isso e todos esperavam uma explicação plausível para um atitude dessas. 


Então foi o que Marcelly fez, mas sua raiva só aumentava e tudo piorou quando, no dia seguinte, ela encontrou Roberto, o pai daquelas duas meninas e o dono do meu ódio naquele momento. Ele não parecia se importar ou achar um absurdo ter esquecido as duas filhas e para piorar a situação ao invés de agradecê-la foi um estúpido. 


Eu queria bater nele e arrumar logo um outro mocinho, porque esse estava muito vilão de um jeito péssimo. Eu amo vilões, mas... Vamos conhecer o nosso Mocinho/Vilão.

Roberto era um bom homem, mesmo assim ele não conseguia ser o pai que suas filhas precisavam. Depois da morte de sua esposa as coisas só pioraram. Ele não a amava, mas isso não mudou o fato de que eles tiveram duas filhas. Filhas essas que ele não sabia o que fazer. 

Confesso que quando veio a parte dele entendi um pouco o que ele passava. Não que justificasse, mas comecei a amolecer. 


Quando Roberto se deu conta de que as havia esquecido no parque, ficou arrasado. Por sorte aquela mulher as achou e cuidou bem delas. Então por que raios ele foi um grosso com ela? Ele não sabia

Desde o dia que Marcelly e Roberto se conheceram as coisas entre os dois não deram muito certo. Ela o achava um homem frio e um pai horrível e ele a achava uma intrometida. A única coisa que os unia eram aquelas duas meninas que precisavam de alguém para amá-las. 

E foi pensando nelas que Marcely aceitou o convite de Roberto para ir morar em sua casa e cuidar da Bel e da Vick. Ela foi sabendo que aquilo seria temporário, só queria ajudar, mas o que ela não sabia era que também seria ajudada e ali, naquele lugar que jamais imaginou, conheceria o valor do perdão, do amor e de uma nova chance. 


Com a convivência diária e a ajuda das crianças, os dois acabam se aproximando e descobrindo que tem mais em comum do que pensam e que talvez um seja a cura que o outro precisa, mesmo com as farpas que soltam nas primeiras interações. Roberto ainda age como um idiota algumas vezes e Marcelly não deixa barato. Apesar de tudo o que passou, ela é forte e decidida e não abaixa a cabeça. 


A interação vai se tornando mais frequente, eles estão sob o mesmo teto e dividindo responsabilidades sobre duas crianças, quase como um casal. Uma família. Uma família que ela perdeu e nunca achou capaz de ter de novo e que ele nunca teve. 


“Antes dela, eu era um homem que tinha uma casa e duas meninas que moravam comigo, Marcely transformou quatro paredes e um teto em um lar, me ajudou a ser um pai e um homem melhor.” 

Juntos, eles aprendem o quanto o amor é valioso, o quanto podemos ser felizes quando nos permitimos sentir aquilo que nosso coração clama. Aprendem a se respeitar e criar uma família juntos, mas, acima de tudo, aprendem que família não precisa ter sangue, precisa ter amor e respeito. 

Ainda bem que encontrei você foi uma leitura que me surpreendeu muito, confesso que pela capa eu não leria, mas de algum jeito comecei e gostei amei. Sou fascinada por histórias que saem do foco apenas do casal e nos mostram valores que constroem uma relação sólida. 


Foi o primeiro contato com a escrita da autora e espero ansiosa para ler o livro dos personagens secundários. A Paula, mãe da Madu e melhor amiga da Marcelly, uma personagem irreverente e engraçada que rouba a cena por vezes durante a história. E também do Fred, que precisa me conquistar ainda. Acho que a autora tem o dom de nos fazer odiar e depois amar os personagens.


Em breve trago a resenha do segundo livro pra vocês...




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E aí, já leram esse livro ou algum outro da autora? Deixem nos comentários pra eu saber...

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