AOS PERDIDOS, COM AMOR - BRIGID KEMMERER
ROMANCE/DRAMA/ADOLESCENTE | PLATAFORMA 21 | 2017
Juliet Young sempre escreveu cartas para sua mãe. Mesmo depois da morte dela, continua escrevendo - e as deixa no cemitério. É a única coisa que tem ajudado a jovem a não se perder de si mesma. Já Declan Murphy é o típico rebelde. O cara da escola de quem sempre desconfiam que fará algo errado, ou até ilegal. O que poucos sabem é que, apesar da aparência durona, ele se sente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço comunitário no cemitério local, vive assombrado por fantasmas do passado. Um dia, Declan encontra uma carta anônima em um túmulo e reconhece a dor presente nela. Assim, começa a se corresponder com uma desconhecida... exceto por um detalhe: Juliet e Declan não são completos desconhecidos um do outro. Eles estudam na mesma escola, porém são tão diferentes que sempre se repeliram. E agora, sem saber, trocam os segredos mais íntimos. Mas, aos poucos, a vida real começa a interferir no universo particular das confidências. E isso pode separá-los ou uni-los para sempre. Entre cartas, e-mails e relatos, Brigid Kemmerer constrói uma trama intensa, repleta de descobertas e narrada sob o ponto de vista dos dois personagens. Uma história de amor moderna de arrebatar o coração.
Declan e Juliet são pessoas diferentes, que não poderiam ser mais iguais. Sabem o que é perder alguém e como deixa um vazio dentro do peito, ainda mais quando vem ligado a um sentimento de culpa que nos infringimos sem razão.
Declan é visto como um adolescente problemático que pode explodir a qualquer momento, uma granada sem o pino. Ninguém se importa em ver o que se esconde atrás da cara de mal e isso parece não incomodá-lo.
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Depois de se envolver em um acidente, é obrigado a prestar serviços comunitários em um cemitério. E é lá que se depara com uma carta em um dos túmulos, D deveria apenas jogá-la fora, mas algo o faz conferir o seu conteúdo
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As palavras ali grafadas mexem com algo em seus sentimentos, talvez porque expressam o que ele sente e é reconfortante saber que não é o único. Talvez esse mesmo conforto ou o desejo de que a outra pessoa saiba que ele também sente, o faz deixar uma resposta. Apenas duas palavras, oito letras e tudo muda na vida de duas pessoas.
Juliet não acredita quando pega sua carta e vê que alguém havia invadido o seu espaço. Aquilo era algo íntimo e não deveria passar por outros olhos que não fossem os seus. Raiva queima em seu corpo e ela quer gritar. Sem saber que nada mais será como antes.
Apesar do começo inusitado e meio conturbado Escuridão e a Garota do Cemitério começam a trocar cartas e depois e-mails. Os dois se tornam amigos e acho que por ser mais fácil se abrir com alguém que não vai olhar nos seus olhos com julgamento e entende tão bem o que você sente, mas ambos começam a se abrir um para o outro e criar um forte vínculo.
Enquanto isso, D e J não poderiam estar mais distantes e com pensamentos errôneos em relação um ao outro.
Com cartas, e-mails e um desenrolar de arrancar lágrimas e suspiros, Brigid constrói um enredo que põe em xeque tudo o que muitas vezes construímos pelo que vemos e ouvimos. Aos perdidos, com amor é um livro sensacional que nos ensina o quanto é importante enxergar além do que se mostra e que a certeza é relativa. Além de um romance encontramos o valor do amor, do perdão e da verdade.
